As micro e pequenas empresas brasileiras foram responsáveis por 60,8% dos 252.617 novos postos de trabalho formais gerados em setembro. O dado foi extraído pela Unidade de Gestão Estratégica do Sebrae Nacional a partir do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado na última quarta-feira (14) pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Setembro foi o melhor mês do ano e o 8º seguido de expansão, com alta de 0,77% em relação a agosto. A indústria foi o setor que mais contratou, seguido por serviços. Já a agropecuária registrou fechamento de postos por causa da entressafra em algumas regiões.
A maior parte das novas vagas, 52,4% do total, foi gerada por empresas que empregam até quatro trabalhadores, 0,6% nas microempresas que empregam entre cinco e 19 trabalhadores e 7,7% nas pequenas empresas, que empregam entre 20 e 99 funcionários. Médias e grandes responderam por, respectivamente, 11,6% e 27,6% do saldo total.
As microempresas que empregam até quatro trabalhadores geraram novos postos em todos os setores acompanhados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, enquanto as microempresas que empregam entre cinco e 19 trabalhadores extinguiram postos no comércio e na agricultura, único setor em que houve demissões líquidas nas pequenas empresas.
“A indústria de transformação foi responsável por 48,8% do total de novos postos gerados, movimento fortemente influenciado pelas novas contratações nas grandes empresas do setor, que sozinhas contrataram 27% do novo efetivo de trabalhadores formais. Esse movimento, capturado em outros estudos realizados pelo Sebrae Nacional, fez com que o setor ultrapassasse o comércio no efetivo total de trabalhadores ocupados”, informa Emanuel Malta Falcão Caloête, analista da área de pesquisa do Sebrae Nacional.
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