com informações do Valor Online
Os Correios suspenderam nesta quarta-feira (19) as entregas com hora marcada (Sedex 10, Sedex 12, Sedex Hoje e Disque-Coleta) na cidade de São Paulo e região metropolitana, no Distrito Federal e nos estados de Tocantins e Paraná por causa da greve dos funcionários da empresa.
Apesar de a estatal mencionar apenas essas quatro regiões, 25 dos 35 sindicatos de servidores já decidiram paralisar as atividades, de acordo com a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect). As outras dez unidades de base decidem até a próxima terça-feira (25) se também cruzam os braços.
A suspensão dos serviços com hora marcada é a primeira consequência da paralisação. Segundo os Correios, que controla os funcionários por meio do ponto eletrônico, não há agências fechadas, todas funcionaram normalmente nesta quarta.
"Em média, 91% do efetivo dos Correios está trabalhando — 10.737 empregados, do total de 120 mil, aderiram ao movimento em 19 Estados e no Distrito Federal, sendo a maior parte carteiro", dizem os Correios em nota
A empresa diz que está adotando medidas como realocação de empregados das áreas administrativas, contratação de trabalhadores temporários, realização de horas extras e mutirões nos finais de semana para garantir a entrega de encomendas e cartas.
A tendência é a continuidade da paralisação, já que a direção da empresa e a Fentect não conseguiram se entender em audiência de conciliação promovida pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) nesta quarta. Com a falta de um consenso entre as partes, o TST decidiu que vai julgar o dissídio.
De acordo com a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), os funcionários dos Correios reivindicam aumento de 43,7%, R$ 200 incorporados ao salário, auxílio alimentação de R$ 35, contratação imediata de 30 mil trabalhadores entre outras melhorias. Além das 15 unidades da federação que aderiram à greve nesta quarta-feira, Pará e Minas Gerais já haviam iniciado a paralisação na semana passada.
O TST disse que ainda não há data para julgar o dissídio. A ministra Kátia Arruda, responsável pelo caso, determinou que o movimento grevista mantenha pelo menos 40% do efetivo trabalhando em cada unidade dos Correios, sob pena de R$ 50 mil por dia.