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Aumentam atrasos de pagamento das micro e pequenas empresas

A queda em maio foi devido ao recuo observado na pontualidade de pagamento das micro e pequenas empresas industriais, que passou de 95,2% em abril para 94,6% o mês passado.

A pontualidade de pagamento das micro e pequenas empresas passou de 95,3% em abril para 95,2% em maio (a cada mil pagamentos realizados, 952 foram quitados à vista ou com atraso máximo de sete dias). Na comparação com o mesmo mês de 2011, houve avanço de 0,6 ponto percentual na pontualidade de pagamento, a sexta alta interanual consecutiva, informou ontem a Serasa Experian. 

A queda em maio foi devido ao recuo observado na pontualidade de pagamento das micro e pequenas empresas industriais, que passou de 95,2% em abril para 94,6% o mês passado. O pagamento em dia das companhias do setor de serviços também recuou, mas em menor escala, passando de 94,7% para 94,4%. As micro e pequenas empresas do setor comercial apresentaram o maior nível de pontualidade de pagamentos em maio, mantendo-se estáveis ao nível de abril: 95,7%. 
 
De acordo com os economistas da Serasa Experian, o agravamento do quadro financeiro externo, a concorrência dos importados e a falta de dinamismo da economia internacional têm influenciado negativamente o desempenho da indústria, prejudicando a pontualidade de pagamento das micro e pequenas empresas deste setor. 
 
Em maio de 2012, o valor médio dos pagamentos pontuais recuou 4% em relação a abril, atingindo R$ 1.757. Na comparação com maio de 2011, o crescimento foi de 0,9%. As empresas de serviços registraram, no mês passado, o maior valor médio dos pagamentos pontuais (R$ 1.946), seguidas pelas empresas comerciais (R$ 1.762) e pelas empresas industriais (R$ 1.565). 
 
Ontem, o presidente do Santander Brasil, Marcial Portela, afirmou que as taxas de inadimplência no Brasil devem começar a se estabilizar no fim deste ano. Até lá, tanto a inadimplência quanto as provisões do banco para possíveis perdas devem continuar subindo. 
 
"Este ainda pode ser um trimestre com alta da inadimplência. Mas ela deve se estabilizar, ter uma queda no fim do terceiro, no quarto trimestre", disse. 
 
O executivo comentou que a inadimplência no Brasil está em um nível elevado, mas não preocupante. "Nós achamos que se trata de um fator conjectural. Seria preocupante se fosse um assunto associado com queda no emprego. Mas o País está com um nível de emprego muito bom. Basta que alguma famílias baixem o endividamento. É um processo que já está acontecendo na indústria." 
 
Portela disse ainda que o setor financeiro no Brasil passa por uma profunda transformação no momento, causada por diversos fatores, entre eles a queda na taxa básica de juros. 
 
Ele também voltou a negar que a unidade esteja à venda, afirmando que esse é um ativo estratégico para o grupo.


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