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Governo irá corrigir o Supersimples acima da inflação

A expectativa do setor é que os microempreendedores também sejam incluídos.

Representantes da Força Sindical afirmaram que o o governo irá corrigir o Simples Nacional  acima da inflação. A notícia foi confirmada na quinta-feira (4) pelo presidente da entidade, deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, após uma reunião com o ministro Guido Mantega.

A expectativa do setor é que os microempreendedores também sejam incluídos.

As mudanças no Supersimples, válido para empresas do regime tributário simplificado, deverão ser anunciadas pela presidente Dilma Rousseff na próxima semana. Contudo, os detalhes do pronunciamento ainda não foram divulgados.

Sindicatos x governo

O encontro, que contou com a participação de Dilma, reuniu também os sindicalistas com o intuito de esclarecer alguns pontos da nova política industrial  brasileira anunciada pelo governo na última terça-feira (2).

Segundo a Agência Brasil, o lançamento do programa foi boicotado pelas centrais, que alegaram desconhecer seu conteúdo. Entretanto, o sigilo das propostas foi exigido por Dilma.

"Foi uma surpresa contarmos com a presença da presidente Dilma, que se desculpou da relação que estava mantendo com as centrais", informou Paulinho. "O governo errou ao não discutir as propostas com os sindicatos, mas ela nos garantiu uma mudança nessa relação", completou.

Alertada contra a desindustrialização brasileira, causada pela avalanche de produtos importados e com a falta de competitividade diante de um câmbio desfavorável, Dilma teria dito, acrescentou o deputado, que o "governo não irá abrir mão das indústrias do Brasil".

Câmaras setoriais

Durante o encontro, Paulinho também defendeu a criação de câmaras setoriais para discutir as necessidades de cada cadeia produtiva. Para ele, as câmaras deveriam ser constituídas por empresários, trabalhadores e pelo governo.

O tesoureiro da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Vagner Freitas, apontou como uma preocupação a medida de desonerar a folha de pagamento dos setores de móveis, calçados, programas de computador e confecções. "Queremos garantias que o lucro a ser obtido com a desoneração não seja colocado no bolso do empresariado e, sim, investido no desenvolvimento da indústria e na geração de mais empregos", defende.

Para Freitas, a recepção das centrais pela presidente foi um dos pontos altos do encontro.


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