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Metade das empresas investirá mais em 2011

Pesquisa da FGV mostra o percentual mais alto da série iniciada em 2005

As previsões de investimento da indústria para 2011 estão otimistas, na análise da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que divulgou ontem a Sondagem de Investimentos da Indústria da Transformação. Segundo um recorte especial da sondagem conjuntural do segmento de transformação, 55% das empresas programam investir mais em 2011 do que investiram em 2010. O percentual, para esta resposta, é o mais alto da série histórica da pesquisa iniciada em 2005. A FGV consultou 829 empresas entre os meses de outubro e novembro.

A fundação revelou ainda que a fatia de companhias pesquisadas que estimam diminuição do volume de investimentos, no mesmo período, foi de 15%, o mais baixo para esta resposta desde 2008 (13%). Na avaliação da FGV, o resultado da pesquisa "pode ser comparado com o otimismo verificado nas previsões feitas em 2007 para o ano de 2008, período em que a economia brasileira estava bastante aquecida", revela um comunicado da entidade.A fundação informou que todas as categorias estão otimistas em relação aos investimentos para o ano que vem.

O percentual de empresas que preveem investir mais no ano seguinte supera a verificada nos seis anos anteriores em todos os segmentos - exceto no de bens de capital, em que a proporção de empresas prevendo aumento do investimento em 2011 ante 2010 foi de 51%, a mais elevada nesta categoria desde 2008 (63%).

Puxada por um otimismo quanto à procura por bens duráveis, como automóveis e geladeiras, as intenções de novas contratações na indústria da transformação para 2011 são as melhores em cinco anos, segundo a

Fundação Getúlio Vargas (FGV) ao anunciar a Sondagem de Investimentos da Indústria da Transformação. 

Das empresas pesquisadas, 43% informaram que vão elevar o contingente de pessoal ocupado no ano que vem, em comparação com o este ano. O percentual foi superior ao de 2009, para a mesma resposta (40%), e só não foi superior ao de 2005 (46%). 

Para a fundação, as projeções da indústria da transformação pode ser comparadas com as registradas em 2007 para o ano de 2008, ano em que a economia brasileira estava bastante aquecida. Na avaliação do coordenador de Sondagens Conjunturais do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), Aloisio Campelo, a indústria de bens duráveis está otimista com o atual aquecimento no mercado interno brasileiro, bem como confiante na trajetória de continuidade no crescimento da economia do País. "Podemos dizer que a indústria de bens duráveis está bem otimista", comentou o especialista.

Um dos segmentos que está puxando as boas perspectivas, dentro de duráveis, é o de material de transportes, no qual está inserida a cadeia automotiva. Na indústria de material de transporte, 74% das companhias pesquisadas estimam alta de faturamento em 2011 contra 2010; 67% esperam elevar o número de pessoas contratadas no ano que vem; e 71% projetam elevar investimentos em 2011, em comparação com o ano anterior. 

Na prática, as altas nas estimativas de investimentos e pessoal ocupado na indústria de bens duráveis podem estar relacionadas a uma intenção de aumentar produtividade, e barrar a concorrência dos importados, na avaliação do especialista. Ele comentou que as melhoras em investimento podem ser alocadas para expansão de capacidade produtiva, o que eleva a competitividade, de uma maneira geral.

Mesmo com os resultados positivos, Campelo fez uma ressalva. A indústria de bens de capital, isoladamente, não apresenta um cenário tão otimista quanto o da indústria de bens duráveis. Nas estimativas para o mercado de trabalho de 2011, 52% das empresas de bens de capital pesquisadas no levantamento informaram que vão contratar mais pessoal no ano que vem - sendo que o percentual, para esta mesma resposta, era mais otimista no ano passado, de 53%.


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