O dólar fechou em queda nesta quinta-feira (13), após o anúncio de mais medidas do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), que lançou um programa de estímulo à economia do país.
A moeda norte-americana caiu 0,39%, para R$ 2,019 na venda.
Em comunicado, o Fed afirmou que irá comprar US$ 40 bilhões em dívida hipotecária por mês e que continuará adquirindo ativos até que as perspectivas de emprego melhorem substancialmente.
Essas compras somam-se aos US$ 2,3 trilhões que o Fed já adquiriu em dívida do governo norte-americano e dívida relacionada ao setor imobiliário.
O tipo de medida funciona como uma "injeção" de recursos no mercado, já que o Fed troca os papéis "podres" por dinheiro. Com mais recursos em circulação, a expectativa é melhorar o desempenho da economia.
Outros países, no entanto – entre os quais o Brasil – criticam esse tipo de ação do Fed. O problema é que muitos desses dólares "a mais" não ficam dentro dos Estados Unidos, e acabam levando a uma "enxurrada" da moeda no exterior. Com isso, cai a cotação do dólar, o que prejudica as exportações desses países.
Por conta disso, ministro da Fazenda, Guido Mantega, criticou a decisão do BC dos EUA. Segundo o ministro da Fazenda brasileiro, a decisão do Federal Reserve poderá ter "repercussões" sobre a economia brasileira, mais especificamente no ingresso de recursos no Brasil.
"Estaremos atentos para as possíveis repercussões que terá o 'Quantitative Easing' praticado pelo Fed. Se houver alguma entrada indesejável de recursos no Brasil no curto prazo, tomaremos as medidas adequadas. Não deixaremos ocorrer valorização do real por estas medidas. Estamos com o real em um patamar mais competitivo para as empresas brasileiras", declarou Mantega a jornalistas.
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