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Inflação de 4,5%

Mas o diretor do BC garantiu que a tendência é de desaceleração da economia, com o ritmo da produção industrial e de vendas ao varejo tendo diminuído no segundo semestre de 2011.

A inflação está desacelerando e deve recuar até o fim de 2012 para 4,5%, o centro da meta do governo, afirmou ontem o diretor de Política Monetária do Banco Central, Aldo Mendes. Em 2011, a inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi de 6,5%, o maior nível em sete anos e em cima da meta do BC. "O ritmo da atividade interna está mais moderado, e os preços de commodities serão menores. Estamos confiantes de que a inflação convergirá para o centro da meta até o fim de 2012", disse Mendes, durante conferência de investimentos em Londres. A previsão do BC é mais baixa do que as expectativas de economistas do mercado, que esperam inflação de 5,29%, em um momento em que a economia parece estar ganhando fôlego após vários cortes nos juros.

Mas o diretor do BC garantiu que a tendência é de desaceleração da economia, com o ritmo da produção industrial e de vendas ao varejo tendo diminuído no segundo semestre de 2011. Segundo ele, o BC espera que a economia cresça 3,5% em 2012. Mendes afirmou ainda que o Brasil receberá cerca de US$ 50 bilhões em 2012, abaixo dos 66 bilhões de dólares no ano passado.

As projeções para as taxas de juros futuros seguiram a tendência dos últimos dias e caíram ontem mais uma vez, com o mercado fortalecendo apostas em mais um corte da taxa Selic em maio, de 0,25 ponto percentual, além das já esperadas reduções de 0,5 ponto em março e abril.

Grupo liquidado

O Banco Central decretou ontem a liquidação extrajudicial do grupo Oboé, com sede em Fortaleza (CE), e fechou quatro segmentos da instituição: a financeira, a companhia de investimento, a distribuidora de títulos e a área que oferecia tecnologia em serviços financeiros. O BC informou que a instituição, sob intervenção desde 15 de setembro de 2011, está insolvente e tem um rombo nas contas que impede a viabilidade da empresa. Ainda ontem, o Departamento de Organização do Sistema Financeiro do BC disse em comunicado ao mercado que pretende cancelar a autorização de funcionamento de mais três distribuidoras de títulos, a FBC, a Lor e a CMI.


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