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Expectativas econômicas para dezembro

Ritmo mais forte da atividade econômica é impulsionado pelas compras de Natal, décimo terceiro e até de recursos injetados via compras de pacotes de férias

As empresas em geral esperam sempre com muita expectativa e ansiedade a chegada do mês de dezembro de cada ano, tendo em vista o movimento econômico que se instala nessa época.

O ritmo mais forte da atividade econômica é impulsionado principalmente pelas compras de Natal, pagamento de décimo terceiro salário e até de recursos injetados via compras de pacotes de férias, que geralmente são usufruídas entre os meses de janeiro e fevereiro do próximo ano.

Recentemente o Dieese publicou levantamento que aponta que por força do pagamento da gratificação natalina (décimo terceiro salário), a economia será inundada com cerca de 118 bilhões de reais.

Tal fato repercute fortemente na economia brasileira, vez que comprovadamente esses recursos são direcionados avidamente para as compras de presentes natalinos. Os reflexos econômicos são induvidosos, pois, o poder de comprar dos agentes econômicos praticamente dobra.

Contribuindo também favoravelmente para a força da movimentação econômica do aguardado último mês do ano, paralelamente se instala na administração da política econômica brasileira o conceito de que para o Brasil transpor os obstáculos gerados pela crise econômica mundial, que certamente de alguma forma respingarão no nosso país, é preciso inverter a tendência de alta dos juros domésticos, instalando-se um viés de baixa.

Embora a decisão tenha gerado divergências no seio dos economistas, tendo em vista que alguns entendem que a medida pode gerar descontrole da inflação, para efeito das vendas do mês de dezembro o reflexo certamente será positivo.

A história recente mostra que quando se instalou no Brasil fontes abundantes de créditos para financiar as compras, a economia incrementou um ritmo forte de transações, comprovando que nenhum país consegue se desenvolver sem um sistema financeiro sólido. 

Tudo indica que o Banco Central continuará a implementar aludida política reducionista, e assim autoriza-se o mercado a nutrir a expectativa de que a economia de dezembro de 2011 atingirá um patamar no mínimo idêntico ao mês de dezembro de 2010.

Comprovadamente a cultura consumidora do brasileiro está diretamente ligada à percepção de que os juros locais são possíveis ou não de serem suportados no orçamento doméstico, sem efetivamente avaliar racionalmente a carga de oneração que o patamar dos juros mais altos do mundo cria no custo final de qualquer aquisição a prazo.

Dentro desse cenário, certamente os consumidores interpretarão que os juros estão mais baixos, e ficarão encorajados a realizar compras e novas prestações, pela percepção de que o custo das operações a prazo está mais acessível.

O grande desafio de todos agentes econômicos é criar estruturas empresariais que atendam eficazmente todas as novas necessidades que se instalam face ao incremento de vendas.

Não podemos esquecer a deficiência de mão de obra já presente em toda a economia, cuja tendência é se agravar nessa época do ano, forçando os empresários a criar políticas consistentes de atração de colaboradores temporários.

Outro nó a desatar é transpor os obstáculos do apagão logístico do Brasil. Estamos estrangulados em estradas, portos, frota, aeroportos, etc.

Será que estamos preparados para movimentar e operar todas os produtos e serviços que circularão em dezembro 2011 sem criar desgaste na relação comercial com os consumidores? Resposta difícil, com a tendência de ela ser negativa.

Por último, cabe destacar que é preciso que as empresas planejem suas atividades de forma a conseguir o menor custo e a melhor eficiência tributária, criando alternativas para que sua operação se desenvolva com o menor custo, e, para isso, pode e deve pensar exaustivamente em ferramentas de planejamento tributário.


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