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Ponto comercial: o grande desafio para as franquias

Mesmo com a inauguração prevista de 29 shoppingcenters no país, empreendedores interessados em entrar no mundo do franchising sofrem para localizar lugar estratégico

Com o mercado aquecido em diversos nichos da economia é natural que problemas para localizar pontos comerciais estratégicos se tornem rotina. Entretanto, quando o assunto é expandir e conquistar mercado também é comum que alternativas sejam criadas pelas franqueadoras para crescerem junto ao mercado. O crescimento constante do franchising no Brasil aliado às construções de diversos shopping centers em variadas regiões do país, permite às redes de franquias um amplo mercado para atuar, e, consequentemente, atrair mais franqueados para suas marcas. Entretanto, mesmo com essa nova fatia a ser preenchida, possíveis franqueados ainda sofrem para localizar o lugar ideal.

Segundo dados da ABRASCE (Associação Brasileira de Shopping Centers) mais 29 shoppings deverão ser inaugurados até o final do ano, somando-se aos 397 já existentes. Obtendo uma média mensal de 329 milhões de visitantes, os shopping centers brasileiros alcançaram a marca de R$ 87 bilhões em faturamento no último ano. Além disso, segundo estimativas da ABF (Associação Brasileira de Franchising) o número de lojas independentes (não franqueadas) representam apenas 30% do total nos centros varejistas.

Para Batista Gigliotti, presidente da Fran Systems, consultoria em desenvolvimento de negócios e de franquias, “o surgimento de shopping centers aquece o mercado e, com certeza, é fator determinante para o crescimento das franquias. Porém, é válido ressaltar que a demanda insatisfeita (que ainda busca um ponto comercial estratégico e ideal) ainda é enorme. Esse problema, hoje, pode ser considerado um dos maiores entraves para o crescimento de diversas redes do franchising”.

Buscando driblar esse impasse, as redes de franquias procuram ampliar sua área de atuação oferecendo aos futuros franqueados algumas alternativas que, com um bom planejamento, são consideradas lucrativas. Gigliotti explica que “mesmo com o crescimento dos shopping centers, muitas redes procuram encontrar mais alternativas para seus negócios. A concorrência acirrada e os investimentos cada vez mais altos despertam outros nichos de mercado. Na verdade, até mesmo na densa cidade de São Paulo ainda existem lacunas claras de nichos inexplorados e consumidores sem opção de atendimento. Outro indício é o fato de que algumas franqueadoras têm optado por investir em lojas de rua de cidades interioranas, onde está o grande filão das cidades médias, aquelas com população de 100 a 500 mil habitantes”.

Em 1970, segundo Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a região Sudeste possuía 44 cidades médias, hoje são 118. Outras regiões também tiveram crescimento significante. O Sul que tinha 14 cidades médias, hoje tem 43. Enquanto as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste passaram de 2, 16 e 4, respectivamente, para 18, 44 e 10.

Saiba mais: Batista Gigliotti é presidente da Fran Systems, consultoria em desenvolvimento de negócios e de franquias. A empresa possui em sua carteira de clientes empresas, empreendedores, franquias e franqueados de variados segmentos, entre eles: Agility, IPESSP, Sal e Brasa, Sunbelt Business Brokers, Nobel, Devassa, Pizza Hut, Pra Que Marido, Seven Idiomas e Station Car entre outras – www.fransystems.com.br - É também mestre em administração e professor dos cursos de pós-graduação da EAESP-FGV, Senac, Anhembi e Ibmec/Veris.


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