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Brasil terá crescimento no e-commerce, mas precisa se preocupar com segurança

O medo de comprar pela internet é algo que vemos em todo o mundo

Fonte: InfoMoney

 A crescente penetração da internet nos domicílios brasileiros, incluindo a ampliação do acesso à rede em banda larga, vai impulsionar o crescimento do comércio on-line brasileiro, da mesma forma que ocorreu em países desenvolvidos assim que a internet em alta velocidade se tornou disponível para mais pessoas, por preços mais baixos.

Porém, a segurança nessas transações tende também a ganhar maiores proporções, exigindo que os comerciantes on-line aprimorem as ferramentas de proteção de seus clientes. Para o diretor da CyberSource Corporation, Doug Schwegman, os crimes virtuais são uma importante barreira para a adoção do e-commerce em todo o mundo. 

“O medo de comprar pela internet é algo que vemos em todo o mundo. Provavelmente essa é a razão número um pela qual muita gente usa a internet, mas nunca compra coisas por ela”, declarou à Infomoney o especialista, que está no Brasil para apresentar o relatório Online Fraud Report 2010. “Consumidores leem e ouvem histórias a respeito de fraudes on-line e de pessoas que já foram roubadas pela internet e esse é o principal motivo para muitas se recusarem a comprar”, completou.

Responsabilidades de quem compra

Uma vez que a expansão da internet representa que mais usuários estão acessando a rede com pouca experiência na detecção de golpes, Schwegman concorda que a responsabilidade pelo combate não é apenas das empresas e que alguns cuidados devem, sim, ser tomados pelo cliente.

“Como consumidor, uma regra que eu mesmo sigo quando vou comprar é escolher lojas bem conhecidas, porque as empresas maiores têm mais experiência, conhecimento e recursos para manter seus dados seguros”, recomenda. “Quando quero comprar em lojas locais, procuro não usar o cartão de crédito, e sim outras formas de pagamento”.

E de quem vende

Por parte das empresas, o especialista é enfático ao falar da importância em adotar não apenas uma, mas quantas ferramentas forem necessárias para proteger os dados dos clientes e os seus próprios negócios das fraudes, afinal, “como nenhuma ferramenta é perfeita, é preciso usar várias”, comenta.

Além disso, os comerciantes on-line precisam aperfeiçoar o modo como examinam os pedidos recebidos, para saber quais deles serão aceitos e quais negados, por parecerem muito suspeitos – representando alto risco de terem surgido a partir de credenciais bancárias roubadas do cliente legítimo.

“O que sugiro é que o Brasil aprenda a compartilhar conhecimento sobre as fraudes para que, trabalhando em parcerias, descubra quais são as melhores práticas para gerenciar os problemas e combater as fraudes”, acredita ele.

Schwegman aposta no crescimento do e-commerce brasileiro. Ele diz estar certo de que a rápida adoção ocorrida nos países com maior penetração de banda larga já está acontecendo no Brasil. “Basta superar esses desafios de segurança, que são os mesmos no mundo todo. Os problemas serão resolvidos, são solucionáveis. Só precisa de um pouco de trabalho”, destaca. “Os consumidores terão ainda melhor experiência em comprar on-line no futuro, tenho certeza”, finalizou.


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