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Inadimplência sobe frente a fevereiro, mas tem queda recorde na análise anual

De acordo com os analistas da Serasa, o aquecimento da economia, que influenciou a geração de empregos e de renda, foi o principal fator para as quedas recordes.

As contas de início de ano foram os principais motivos para que a taxa de inadimplência dos brasileiros registrasse alta de 13,9% em março, na comparação com fevereiro. Porém, na comparação com março de 2009 e no acumulado do primeiro trimestre deste ano, a inadimplência dos consumidores registraram quedas recordes.

 

Os dados fazem parte do Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor, divulgado nesta terça-feira (13). Segundo o estudo, a inadimplência apresentou a maior queda, de 6,7%, no primeiro trimestre desde 2000. Já frente a março de 2009, a taxa registrou recuo de 9,1% - também a maior queda entre dois meses de março desde 2000.

De acordo com os analistas da Serasa, o aquecimento da economia, que influenciou a geração de empregos e de renda, foi o principal fator para as quedas recordes.

Contas de início de ano

Com relação ao forte aumento verificado na análise mensal, os técnicos acreditam que as contas de início de ano influenciaram o resultado negativo. O encerramento do prazo para o pagamento de algumas despesas, como o IPVA e gastos com educação, elevou o índice.

Ainda de acordo com os analistas da Serasa, outro fator que influenciou o aumento mensal foi o maior número de dias úteis de março, que somaram 23, frente aos 18 de fevereiro.

A elevação dos preços dos alimentos em março, que reduziu os recursos disponíveis do consumidor para honrar suas dívidas, também foi relevante para o aumento mensal da inadimplência dos consumidores.

Quedas 

Diante dos resultados, os analistas acreditam que a inadimplência dos consumidores continue em queda no restante do semestre na análise acumulada. Porém, o maior endividamento e o possível aperto monetário poderão pressionar a taxa negativamente a partir do segundo semestre.

A forte alta de março foi decorrente do aumento de 19,1% na inadimplência nos cartões de crédito e financeiras, que tem peso de 32% no indicador geral. Além dela, a inadimplência com bancos, que pesou 49,2% da taxa de março, também influenciou, pois apresentou aumento de 2,9% no terceiro mês do ano.

Tipos de dívidas

Analisando o trimestre, as dívidas com os bancos permaneceram em primeiro lugar no ranking de representatividade: a participação desta categoria foi de 48,4% do total de vencimentos não pagos. No mesmo período de 2009, este percentual era de 43,4%.

Já os débitos com cartões de crédito e financeiras ficaram com a segunda posição e 32,6% de participação - menor do que os 37,1% registrados no primeiro trimestre de 2009.

Os cheques sem fundos, por sua vez, ficaram em terceiro lugar na representatividade das dívidas, com 16,9% do total, índice menor do que o registrado no mesmo período do ano anterior (+17,6%).

Por último, e com menor impacto no indicador no período analisado, aparecem os títulos protestados, cuja proporção foi de 2,1%, maior frente ao mesmo período de 2009, quando o percentual registrado foi de 1,9%.

 


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