JULIO WIZIACK
A Vivo e a Itaucard anunciam hoje um serviço que permitirá o uso do celular como cartão de crédito na hora de fazer o pagamento das compras. Para isso, haverá duas opções.
Clientes da Vivo que têm Itaucard e usam celulares 3G (terceira geração) -que preveem pacote de dados para navegar na internet- poderão baixar um programa pelo site da Itaucard. Instalado no celular, ele fará com que o celular "converse" com as diversas máquinas que efetuam as transações nos estabelecimentos comerciais. Os débitos serão lançados automaticamente na fatura como ocorre quando se passa o cartão na máquina.
Não é preciso ter celulares inteligentes (smartphones ou o iPhone). Qualquer modelo com jogos instalados estará apto.
Para os clientes da Vivo que não possuem esses aparelhos será possível acessar o serviço por meio de SMS (torpedos). Até o fechamento desta edição, a Folha não havia obtido a confirmação se clientes com celulares pré-pagos terão acesso ao serviço. O problema é que, nesse caso, a operação terá custo adicional, caso a cota de SMS prevista no plano seja estourada. O preço por pagamento estava previsto em R$ 0,30, além do SMS cobrado acima da cota.
Essa iniciativa é o primeiro passo de um projeto mais amplo que prevê pagamentos e transferências de valores pelo celular, inclusive entre usuários de celular sem conta em banco. A Folha apurou que, para isso, o Itaú já assinou um acordo com a Vivo. Espera-se que, até meados de 2010, as instituições financeiras do país já estejam oferecendo o serviço em uma plataforma tecnológica padronizada.
"Isso permitirá aos bancos abrir contas específicas para quem usa celular e não tem conta corrente porque não consegue comprovar renda ou não tem dinheiro suficiente", diz Marcelo Condé, presidente da Spring Wireless, que implantou um sistema desse tipo com o Banco Mercantil, o maior da Venezuela. "A padronização permitiria que, caso haja problema na transação via celular, esses clientes possam sacar via celular em caixas automáticos." A Febraban (federação dos bancos) espera chegar a um consenso sobre o assunto até o final deste ano.
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