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Copom se reúne pela quarta vez no ano

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) inicia hoje (9) a quarta reunião do ano para avaliar os rumos da taxa básica de juros da economia, a Selic, que remunera os títulos públicos depositados no Sistema Especial de Liquidaçã

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) inicia hoje (9) a quarta reunião do ano para avaliar os rumos da taxa básica de juros da economia, a Selic, que remunera os títulos públicos depositados no Sistema Especial de Liquidação e Custódia.

 A taxa de juros está em 10,25% ao ano desde o dia 29 de abril e pode baixar pelo menos mais 0,75 ponto percentual, para 9,50%, de acordo com projeção média do boletim Focus, do BC, divulgado ontem (8), com o resultado de pesquisa feita com analistas e instituições financeiras na última sexta-feira (5).
 

A reunião do colegiado de dirigentes do BC é realizada com intervalo médio de 45 dias e é dividida em duas sessões, sempre no fim da tarde. A primeira parte, nesta terça-feira, reúne os dirigentes de departamentos do banco para avaliações estruturais dos diferentes segmentos da economia. No dia seguinte, participam somente os diretores com direito a voto.

 Embora a maioria dos analistas consultados pela pesquisa do BC aposte numa redução de 0,75 ponto percentual, há quem defenda uma redução mais vigorosa, por entender que “a queda da Selic é condição essencial para o equilíbrio da dívida pública”, como destaca o presidente da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio), Abram Szajman. Segundo ele, o Copom deve se preocupar em alinhar as políticas monetária e fiscal, de modo a criar condições para investimentos empresariais e a geração de empregos. 
 

A mesma opinião tem o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto. Ele lembra que apesar de o país ter hoje o juro mais baixo da história recente, continua sendo uma das taxas mais altas do mundo, em termos reais (descontada a inflação), e isso inibe investimentos.

 
Em linha com a maioria dos pesquisados, o economista-chefe do Banco Schahin, Silvio Campos Neto, diz que o cenário prospectivo para a inflação “permite mais ajustes para baixo na taxa Selic”. Ele acredita, contudo, que o BC vai diminuir o ritmo de afrouxamento monetário, que foi de 1 ponto percentual em janeiro, 1,5 ponto percentual em março e novamente 1 ponto percentual em abril.
 

“Não há dúvida de que os juros serão novamente reduzidos”, disse Campos Neto. Ele ressalta, entretanto, o comportamento das variáveis mais relevantes para a determinação da política monetária. A inflação está sob controle e a atividade econômica dá sinais de melhora, mesmo sendo uma “recuperaçao ainda frágil”, mas o lado fiscal preocupa em razão da trajetória de redução do superávit fiscal, acrescenta.


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