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Banco Central retira parte da remuneração do compulsório sobre depósitos a prazo

Stênio Ribeiro O Banco Central (BC) divulgou, no final da tarde de hoje (30), circular que retira a remuneração de parte dos depósitos a prazo que os bancos são obrigados a recolher e que é conhecida como compulsório bancário. A medida vai entrar em vigor no próximo dia 14 e determina que 70% do compulsório sejam recolhidos em espécie, sem remuneração.O anúncio da medida foi antecipado pelo presidente do BC, Henrique Meirelles, em depoimento na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Durante mais de seis horas, junto com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, Meirelles respondeu aos questionamentos dos parlamentares.Meirelles não detalhou, porém, o funcionamento da medida. Disse tão-somente que seria uma medida adicional para “tornar mais eficaz” o direcionamento do compulsório liberado dos bancos maiores para os menores, e estimou que exista oferta de R$ 28 bilhões para as compras de carteiras de crédito.A decisão da autoridade monetária se constitui, portanto, em uma forma de pressionar os bancos maiores a repassarem mais recursos aos agentes financeiros de menor porte, de modo a garantir liquidez nas operações de crédito.Os 30% restantes do compulsório sobre depósitos a prazo continuam a ser recolhidos ao BC na forma de títulos públicos. Atualmente, esse tipo de recolhimento é facultado até a totalidade do compulsório, o que vinha gerando denúncias de que alguns bancos estariam se valendo da opção para comprar títulos, ao invés de aplicar em ativos financeiros dos bancos menores, como ressaltou o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA).


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