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Venda de veículos cai 35% em janeiro
Indústria já começa a sentir medidas de restrição ao crédito
As medidas do governo de restrição ao crédito, anunciadas em dezembro, atingiram com força o setor automotivo. Depois do recorde histórico de vendas no fim do ano, os negócios despencaram em janeiro. As montadoras venderam no mês passado 244.880 veículos, 35,8% menos que o registrado em dezembro (381.581 unidades). Os dados incluem as vendas de caminhões, ônibus e veículos importados. Máquinas agrícolas e motos não entram na conta. Tradicionalmente, janeiro é um mês fraco, com volume reduzido de vendas por causa dos gastos dos consumidores com impostos e matrículas escolares. Este ano, no entanto, a queda foi maior do que a esperada pelos fabricantes. As montadoras contavam com uma redução de, no máximo, 30%.
- A queda foi mesmo muito grande entre um mês e outro, mas é preciso levar em consideração que muita gente pode ter antecipado as compras com receio das medidas do governo de restrição ao crédito e a possibilidade de alta dos juros - disse uma fonte do setor.
De acordo com as novas regras, o consumidor precisa dar uma entrada nos financiamentos acima de 24 meses. Quando as medidas foram anunciadas, no início de dezembro, o presidente da Volkswagen do Brasil, Thomaz Schamall, admitiu o impacto negativo no setor e disse que só após janeiro os fabricantes teriam a dimensão das medidas.
Segundo a Fenabrave, entre janeiro de 2010 e de 2011, os emplacamentos cresceram 12,83% - de 342.787 unidades para 386.782. Frente a dezembro, quando foram negociadas 593.185 unidades, as vendas caíram 34,80%.