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Porto Alegre lidera o ranking do Índice de Desenvolvimento Municipal da Micro e Pequena Empresa (ID-MPE), lançado nesta quarta-feira pelo Sebrae, na Universidade Sebrae de Negócios, na Capital. O indicador mede o ambiente de negócios de cada um dos 496 municípios gaúchos, a fim de verificar as condições favoráveis ao empreendedorismo.

Em segundo lugar, está Caxias do Sul, seguida por Novo Hamburgo, Canoas e Santa Maria, respectivamente. A pesquisa com a classificação de cada cidade está disponível no site do Sebrae. A atualização dos dados será anual.

Em moldes semelhantes ao Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), da ONU, o ID-MPE é composto por 18 indicadores, entre os quais criação de empresas e empregos, educação e infraestrutura. Um dos itens importantes para elevar o ID municipal é a existência da Lei Geral das MPEs — até agora são 65 municípios que aprovaram.

— Com certeza, Porto Alegre tem mais estrutura e já esperávamos que ficasse em primeiro lugar, mas municípios como Osório, por exemplo, geraram alguma surpresa — destaca Alessandro Machado, gerente de Políticas Públicas do Sebrae/RS, sobre a cidade que aparece na 16ª colocação.

Segundo ele, a aplicação da metodologia do índice promove um referencial para as políticas públicas de apoio aos pequenos negócios.

— É útil para o empresário, que terá um mapa do desenvolvimento do Estado e poderá analisar ambientes, e também para o próprio gestor público na hora de propor políticas públicas para melhorar o município — explica Machado.

Como a Lei Geral tem como propósito o incentivo à criação e expansão das micro e pequenas empresas, a pesquisa vai indicar quais municípios oferecem mais condições e em que aspectos precisam melhorar para serem mais atraentes ao estabelecimento de novos negócios.

Por lidarem com indicadores diferentes, nem sempre a cidade com IDH mais alto vai ser a de maior ID-MPE: pode ter qualidade de vida, por exemplo, mas não apresentar ambiente para micro e pequena empresa.

A pesquisa

O levantamento já é aplicado no Paraná e o Rio Grande do Sul é o segundo Estado a implantá-lo. A pesquisa considera três dimensões: ambiente empresarial, institucional e do mercado consumidor.

No ambiente empresarial, é analisado o clima de negócios existente que favoreça a criação de novos empreendimentos formais. No institucional, se analisa as condições favoráveis do entorno municipal. Finalmente, se observa a dinâmica de geração de emprego e a renda de cada local.