• Conheça nosso jeito de fazer contabilidade

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Vestibulum sit amet maximus nisl. Aliquam eu metus elit. Suspendisse euismod efficitur augue sit amet varius. Nam euismod consectetur dolor et pellentesque. Ut scelerisque auctor nisl ac lacinia. Sed dictum tincidunt nunc, et rhoncus elit

    Entenda como fazemos...

Notícia

DF - ICMS: distritais adiam análise de textos que mudam regras e alíquotas

Entidades do setor produtivo, como a Fecomércio, protestam contra mudanças

Três projetos de lei (PLs) do Poder Executivo apresentados à Câmara Legislativa na última segunda-feira (10/06/2019) que visam o aumento da arrecadação do Imposto sobre a Circulação de Bens e a Prestação de Serviços (ICMS) está preocupando empresários e confundindo os deputados distritais. Dois deles – o PL nº 458/2019 e o PL nº 459/2019 – têm como objetivo acomodar alíquotas, fazendo com que o empresário pague o tributo do lucro arrecadado, e não apenas sobre a origem da mercadoria. O terceiro alivia as punições para quem descumpre regras para se obter isenções.

Devido à complexidade das propostas e das polêmicas causadas em consequência às reclamações do setor produtivo, e mesmo com o trâmite em regime de urgência, os deputados pediram o adiamento da análise para a semana que vem. Eles querem ouvir empresários e técnicos da Secretaria de Fazenda para compilar maiores informações.

O PL nº 459/2019 sugere uma alteração sobre operações gerais do ICMS de 12% para 13%, além de criar uma vertente para bebidas, na qual o imposto passará a ser de 19%. O PL nº 458/2019 muda regras relativas à substituição tributária, que remete a responsabilidade para o varejista pela apuração e recolhimento da diferença devida de impostos.

Projeto de lei aprovado pela CLDF é tema da delação de Constantino

Antes mesmo das matérias irem para a apreciação, entidades que representam o setor criticaram as propostas. Em nota, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF) disse estar extremamente preocupada e surpresa com as medidas.

“Mais uma vez, os empreendedores e a economia local são surpreendidos pelo Poder Executivo ao encaminhar pacotes fiscais sem nenhuma discussão com os atores diretamente envolvidos, gerando instabilidade, insegurança jurídica e forçando a retração dos investidores, o que levará a retomada do crescimento econômico para um futuro incerto”, afirmou o presidente da Fecomércio-DF, Francisco Maia.

A federação pediu à Câmara Legislativa que discuta com o setor produtivo “exaustivamente” as propostas e defendeu a manutenção da atual legislação.

De acordo com o líder do governo Cláudio Abrantes (PDT), as propostas são adequações a leis e decisões da Justiça. “Em alguns estados, os valores cobrados são maiores do que no DF e isso é uma adaptação para reduzir a guerra fiscal. O outro recalcula os valores de alíquotas, especialmente no mercado atacadista”, disse.

Ainda de acordo com o deputado, “hoje, no DF, são 521 empresas, e 120 delas são conglomerados. Com isso, eles compram no preço normal e vendem mais barato para as lojas que fazem parte do acordo. Assim, obtém maior lucro, porque vendem mais caro e, no final, o governo fica apenas com o imposto da origem”.

O PL nº 460/2019, teoricamente, é o único que tem acordo, segundo Cláudio Abrantes. A proposta muda as regras para quem descumprir obrigações para se beneficiar de isenções fiscais. “Com a mudança, alguém que, para ter o benefício, precisaria ter um número ‘x’ de trabalhadores e não o tenha no momento da fiscalização, antes seria multado retroativamente. Com a nova lei, ele perderia o benefício a partir do mês seguinte. Isso não significa que a empresa não será punida. Se comprovado o não cumprimento da regra, poderá incorrer em crime fiscal”, explicou Abrantes.

As matérias só deverão voltar à pauta na próxima semana, com a reunião da Comissão de Economia, Orçamento e Finanças (Ceof).