Os representantes do setor produtivo saíram do Palácio do Planalto satisfeitos com o novo pacote anunciado ontem pelo governo. O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, disse que as medidas de incentivo à produção ajudam a melhorar a competitividade do país, mas pede mais. “Avançamos muito. Mas os empresários nunca estão satisfeitos, e vamos querer mais porque o mundo é competitivo. O Brasil tem um mercado muito grande, do qual todos de fora querem um pedaço. A nossa meta é suprir o mercado brasileiro e, além disso, participar do mercado internacional”, disse ele, que liderou o encontro do Fórum Nacional da Indústria com a presidente Dilma Rousseff. Segundo ele, as conversas com os ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento continuarão na semana que vem, pois há temas “complexos” a serem tratados.
Na avaliação de Andrade, a sinalização de diálogo aberto com o governo ajuda a melhorar a confiança do empresariado. “Reuniões como a de ontem mudam, sim, o ambiente. Dos setores que estiveram no Planalto, todos saíram com muita animação e com expectativa muito positiva. Os segmentos que têm sofrido mais, como o de máquinas e o têxtil, perceberam que, realmente, está sendo feita alguma coisa para que a indústria brasileira possa voltar a ser competitiva, a investir, a crescer e a retomar a posição que ela sempre teve no passado”, assinalou.
Para Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central, a reaproximação da presidente Dilma Rousseff com os empresários é positiva, mas insuficiente para que ela consiga recuperar totalmente a confiança dos donos do dinheiro. “Acho bom que ela receba e ouça o setor privado. Qualquer empresário pode ouvir, com boa vontade, o que o governo tem a dizer, mas ele está muito mais atento ao que o Planalto faz”, disse.
Oportunidade
Para o presidente da Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas (Fenacon), Mario Berti, foi importante o governo reabrir o programa de refinanciamento de débitos tributários (Refis). Para ele, a medida abre a oportunidade para quem enfrenta problemas de caixa se planejar melhor para colocar os tributos em dia. “O governo toma uma decisão correta ao reabrir o Refis e, assim, impulsionar atividade econômica”, completou.
Na opinião de Gerson Lopes Fonteles , representante do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), a iniciativa é um bom negócio para as empresas e melhor ainda para o governo brasileiro. (Colaboraram Rosana Hessel e Bárbara Nascimento)
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