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Fatores impactantes do profissional de contabilidade

Temos recursos culturais, educacionais, materiais, humanos suficientes para assessorar as empresas?

O novo cenário econômico em que se estabalece o mercado brasileiro, alimentado por empresas de diversas formas e tamanhos, que estão sendo assistidas por profissionais de contabilidade ou escritórios de contabilidade que insistem em oferecer serviços de Departamento de Pessoal, Fiscal, Social, e Contabilidade Fiscal, Gerencial, em situação incompatível com a transparência da gestão empresarial esses citados serviços estão se tornando impactantes para o seu desenvolvimento e contribuindo para a desvalorização desses profissionais.

 

 

Sabemos que os sistemas de informática existentes são largamente utilizados por esses profissionais ou escritórios de contabilidade, inclusive a INTERNET e estão se popularizando ao ponto que qualquer empresa poder adquirir um sistema de Controle de Pessoal, para atender todas as obrigações trabalhistas e previdênciárias, mantendo uma maior transparência desses fatos quando utilizados dentro da própria sede da empresa.

 

Ou você ainda acha que a ação de admitir, demitir, advertir, suspender, elaborar rescisão de contrato, gerar folha de pagamento, guias de contribuições, emitir contra cheques, e demais serviços, são atividades que notabilizam essa profissão?

 

Outrossim, podemos dizer o mesmo do Setor Fiscal, SPED – Serviço Público de Escrituração Digital, Nota Fiscal Eletrônica, SPED – Fiscal e SPED – Contábil, livros fiscais, obrigações fiscais e tributárias em diversos níveis (federal, estadual e municipal), que acredito deva ser alimentado por registros fiscais na própria sede da empresa, ou mesmo a aquisição de pacote fechado poderá resultar em maior transparência da empresa.

 

Então você ainda acha que inserir informações fiscais de entrada ou saída em livros, gerar livros de apuração, guias de reconhecimentos, atender obrigações fiscais principal e acessórias, pesquisa fiscal, demonstra a importancia dessa profissão?

 

Até quando a profissão de contabilidade se sustentará atendendo as obrigações sociais, previdênciárias, trabalhistas, tributárias e demais, que hoje são informatizadas?

 

Alimentar os livros contábeis (caixa, diário e razão) com o transporte desses dados e complementar com informações extra-caixa, aferindo, avaliando e conciliando rubricas de modalidade mecânica ou na tela do computador, e demais serviços, ainda pode dar razão a importancia do profissional?

 

 

 

Com o uso da tecnologia a maioria dos serviços de contabilidade estão informatizados, devendo o profissional refletir sobre qual o diferencial qualitativo que deve oferecer á empresa, para demonstrar e revitalizar a importancia de sua contratação ou manutenção do contrato ainda existente, pois o mercado e empresas estão exigindo nova postura e consequentemente serviços mais antenados com a sustentabilidade e continuidade desses em preendimentos.

 

Os relatórios de avaliação, conciliações, aferições, que desaguam na Contabilidade, gerando os livros contábeis devem ser assessorados por profissional competentes e qualificado, antenado com as atualizações pertinentes.

 

É saudável lembrar que qualquer Relatório só tem importancia quando aferido e analisado em seguida implementado as melhorias devidas através de sugestões e ações conclusivas, que possam agregar valor á gestão empresarial.

 

Os serviços oferecidos por profissionais de contabilidade com competência e qualificação devem fazer a diferença, e comprovar a sua importancia em assessorar a empresa em situações especiais utilizando as estratégias necessárias e oportunas.

 

O grande PROBLEMA é que devemos nos perguntar:

 

Temos recursos culturais, educacionais, materiais, humanos suficientes para assessorar as empresas?

 

Sabemos que muitos não têm condições de desenvolver essa atividade de assessoria contábil, pois seus níveis técnicos, educacionais, cultural, material e demais, necessário para basificar essas exigências, estão bastante prejudicados.

 

Lamentavelmente ainda há profissionais que exerce a mesma atividade operacional, seja como profissional ou gestor de escritórios de contabilidade, com conhecimentos jurássicos sem o mínimo de condições de escrever até mesmo um pequeno ou resumido relatório operacional sobre fatos importantes que dizem respeito á empresa e a contabilidade.

 

Imagine trabalhar com o PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SUSTENTÁVEL, ou qualquer outro planejamento, analisar, criar e implantar sistema de Controle Interno, Custos e Despesas, Precificação, Customização, Estoques, Vendas, Compras, Captação de Recursos, Parcerias, e demais, que são necessários para entender o mercado, o produto, a concorrência, ou mesmo a implantação de sistemas criativos com suas melhorias contínuas, se torna muito dificil, pois o hiato cultural existente é descomunal.

 

A base necessária para a implantação das melhorias dos serviços de atividades operacionais de contabilidade exercidos por profissionais ou escritórios de contabilidade, está fragilizada, sem nenhuma consistência educacional ou cultural, pois poucos são aqueles que exercem uma educação continuada.

 

 

 

 

Não tenho dúvidas que muitos gestores empresariais denominam os honorários pagos a alguns profissionais de contabilidade ou mesmo escritórios de contabilidade contratados como DESPESA, pois sua customização é de difícil identidade, haja vista a importancia que interpretam para a empresa.

 

Quando solicitados á uma reunião avaliativa com o objetivo de adequação, os fatos não são analisados com a mestria e profissionalismo desejável pelas partes, frustando á todos e demonstrando a fragilidade existencial por absoluta falta de sintonia, ou mesmo de ausência de qualidade e capacitação sobre o objetivo da reunião.

 

Há casos de gestores empresariais que apelam para a consultoria de especialistas sem ouvir o responsável pela contabilidade, haja vista a insegurança que o mesmo oferece a empresa, mas sua existência é suportável por entender que essa “amizade” poderá ser um dia compensada.

 

Existe profissional que não tem segurança em pronunciar determinadas palavras, seguem despreparados para a reunião, não conseguem exprimir nenhuma confiança ou segurança profissional, mas adentram sem perceber a sua “importância”, pois é gritante o seu pífio conhecimento, atuando como se fosse um néscio.

 

Em sua maioria não consegue exercer nenhuma outra atividade, haja vista a sua limitação, que o natabilizou, ou que oportunamente se apropriou de determinada situação, logrando vantagem em detrimento de fatos passados ou similares.

 

A metodologia desenvolvida por sua atividade operacional nos serviços contratados para atender ás empresas clientes está completamente desprovida de foco, ou seja, os fatos registrados ainda são utilizados para atender o fisco, que hoje já percebeu essa situação, e segue sem nenhuma sintonia racional com a gestão empresarial.

 

Não há nenhum esforço ou interesse que identifique alguma mudança, salvo raras exceções, pois mesmo havendo regulamentos e normas atualizadas, as cabeças que pensam que gerem a empresa e a contabilidade estão alijadas por absoluta ausência de atualização, que possam adequar a gestão, fisco e contabilidade, tanto é verdade que qualquer aferição ou avaliação mesmo superficial poderá expor a empresa, gestores e contadores a situações no mínimo vexatórias e constrangedoras, mesmo sabendo que póderão responder civil, penal e criminalmente por atos delituosos apenados de modalidade proporcional ao evento.

 

O Código Civil, o SPED, a Lei No. 11. 638, CFC, CPC, SEBRAE, CDL, CRC e demais órgâos ainda não conseguiram formar um juízo de valor que resultasse em mudança comportamental desses profissionais e de determinados gestores empresariais, o que realmente é bastante preocupante para o futuro dos mesmos.

 

 

 

 

O fisco (federal, estadual e municipal), está se modernizando e colhendo os frutos desejados, e a tendência é obter o cruzamento de informações a fim de identificar situações passiveis de sanções fiscais e penais, mesmo assim ainda existem profissionais e gestores que não acreditam nessa situação, pois estão focados na continuidade da existência das “negociatas”.

 

Informamos que assim como nós, vários outros profissonais no Brasil e Exterior, tomamos a liberdade de contribuir para essa mutação, trabalhando, lecionando, palestrando, ministrando cursos, escrevendo artigos semanais, elaborando e publicando livros e trabalhos, que possam contribuir para essa mudança, assim como acreditamos que aconteça com as demais profissões.

 

Saliento que qualquer semelhança com fatos ou pessoas, profissionais ou gestores empresariais elencados no presente artigo é pura coincidência, pois o único objetivo é fazê-los entender que o futuro e a valorização desses serviços dependem únicamente da sua capacitação e qualificação profissional.

 

Em consonância ao tema do presente artigo, podemos deduzir que a contabilidade do futuro possibilitará a seleção deses profissionais, escritórios de contabilidade e de gestores empresariais, ainda existentes, que exercem atividades operacionais em completa dicotomia com a necessidade atual das empresas, fato esse que denomino de seleção natural do mercado.

 

 

 

 

 

 

Elenito Elias da Costa

Contador, Auditor, Analista Econômico Financeiro, assessor e consultor empresarial, Instrutor de Cursos do SEBRAE/CDL/CRC, Professor Universitário, Professor Universitário Avaliador do MEC/INEP do Curso de Bacharelado em Ciências Contábeis, sócio da empresa, Irmãos Empreendimentos Contábeis S/C Ltda, consultor do Portal da Classe Contábil, Revista Contábil Netlegis, articulista da Interfisco, autor de artigos cientificos publicados no Instituto de Contabilidade do Brasil, CRCBA, CRCPR, CRCMS, CRCRO, IBRACON (Boletim No. 320), CTOC - Portugal, autor de livros editados.(E-mail: [email protected])


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